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Secretários e comandantes da PM são exonerados sob suspeita de favorecer candidata à prefeitura de Parintins

A medida foi tomada em resposta a recomendações do Ministério Público do Estado (MPAM), que abriu um Inquérito Civil para investigar o caso.Eles foram filmados em reunião planejando ações que poderiam interferir nas eleições de Parintins para favorecer a candidatura de Brena Dianná

O Governo do Amazonas exonerou secretários de estado, o diretor da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) e comandantes da Polícia Militar, após serem filmados em uma reunião suspeita de favorecer a candidata Brena Dianná, do União Brasil, em Parintins. A medida foi tomada em resposta a recomendações do Ministério Público do Estado (MPAM), que abriu um Inquérito Civil para investigar o caso.

O vídeo de agosto deste ano, que está sendo investigado pelo MPAM, mostra uma reunião entre secretários de governo supostamente planejando ações que poderiam interferir nas eleições de Parintins.

Em despacho publicado no Diário Oficial na terça-feira (1º), o MPAM abriu um procedimento para investigar improbidade administrativa e questões de segurança pública, motivado pela participação de um agente público e pelo menos três secretários de Estado que aparecem nas imagens.

Em nota, o governador Wilson Lima destacou que as exonerações visam assegurar a lisura das investigações e permitir que os envolvidos se defendam fora dos cargos, mas acenacom possibilidade de retorno aos cargos se provada a inocência

Os exonerados até agora:

Fabrício Rogério Cyrino Barbosa – Secretário de Estado de Administração

Marcos Apolo Muniz de Araújo – Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa

Armando Silva do Valle – Diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama)

Tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos – Comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam)

Capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins – Companhia de Operações Especiais (COE)

Na segunda-feira (30), a juíza Juliana Mousinho, suspendeu a entrega de cestas básicas feitas na cidade e determinou o afastamento do comandante da PM de Parintins. A decisão, segundo ela, foi motiva por suspeitas de abuso de poder político nas eleições municipais deste ano.

Nesta quarta-feira (2), o governo tentou reverter a situação e entrou com um mandado de segurança para suspender a decisão da juíza eleitoral.

A decisão Justiça Eleitoral de Parintins foi tomada em resposta a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral apresentada pelo candidato Mateus Assayag (PSD), da coligação “Parintins em Primeiro Lugar”, contra o governador Wilson Lima e a candidata do União Brasil, Brena Dianná.

Segundo a juíza, a defesa de Assayag apresentou vídeos que mostram trechos de uma reunião entre o secretário de Cultura do estado, Marcos Apolo Muniz; o secretário da Casa Civil, Flávio Anthony; o secretário de Administração, Fabrício Barbosa; o major da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Jacson Ribeiro; o presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Armando do Vale; e o comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar em Parintins, tenente-coronel Francisco Magno Judss. No encontro, eles discutiam ações para beneficiar a candidata Brena Dianná.

Para a magistrada, há indícios de grave abuso de poder político, “uma vez que os requeridos, agindo em conjunto, parecem arquitetar um plano para uso de forças policiais e de outros órgãos estatais para interferir no resultado das eleições municipais de Parintins”.

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