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CAE aprova com unanimidade nome de Galípolo à presidência do BC

A sabatina durou 4 horas e meia e o indicado do presidente Lula foi amplamente elogiado pelos senadores. O nome de Galípolo seguiu agora para votação no plenário da Casa

CAE aprova com unanimidade nome de Galípolo à presidência do BC

A sabatina durou 4 horas e meia e o indicado do presidente Lula foi amplamente elogiado pelos senadores. O nome de Galípolo seguiu agora para votação no plenário da Casa

Foram 26 votos a favor e nenhum contrário, a sabatina durou 4 horas e 30 minutos. O nome de Galípolo seguiu agora para votação no plenário da Casa. Para aprovação também será necessário maioria simples, com 41 votos favoráveis dos 81 senadores.

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele reforçou a autonomia da instituição frente ao governo e seu compromisso com o regime de metas de inflação, sendo amplamente elogiado pelos parlamentares.

Senadores questionaram se Galípolo teria coragem de contrariar um pedido do petista, ao que ele respondeu: “Já tive a coragem de cortar, manter e subir os juros, jamais sofri qualquer tipo de pressão. O presidente Lula jamais fez alguma pressão sobre mim”. “O mandato legal do BC é esse. Todos os pedidos e recomendações que recebi são para tomar decisão de acordo com nossa consciência. Se não, começamos a empilhar equívocos”, emendou.

“Eu durmo muito bem à noite. Todas as decisões que tomei foram de acordo com minha consciência. E agora vou tomar decisões de acordo com o melhor para a população brasileira. Eu assino o compromisso de continuar”, enfatizou.

Sobre autonomia financeira da autarquia, que é alvo de projeto de lei que tramita no Senado, Galípolo disse: “Eu reforço a visão de preocupação que o Banco Central tenha arcabouço para sustentar e desempenhar as suas funções e fazer os investimentos necessários”.

Ele afirmou ainda que há algumas “confusões” dentro das atribuições da política monetária. “Me parece que algumas críticas têm alguma confusão sobre o que é a política monetária, que vem do desejo de questionar qual o problema de ter uma inflação um pouco maior”, disse.

“O Banco Central não tem essa liberdade. Quem entende que o Brasil poderia rodar com inflação superior, isso não é crítica ao BC. A meta de inflação é definida pelo governo e cabe ao BC colocar a taxa de juros num nível restritivo que leve a inflação para a meta”, reforçou.

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