Brasil

Governo deve atuar na Amazônia como ‘agiu em favor do Rio Grande do Sul’, diz governador do Pará

Estado gerido por Helder Barbalho (MDB) concentrou 17,5% dos focos de calor do país neste ano

A ajuda federal aos locais que sofrem com a histórica seca e as queimadas precisa ser semelhante à vista na tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. Esse é o pleito de Helder Barbalho (MDB), governador do Pará, que concentrou 17,5% dos focos de calor do país no ano. Na semana passada, Lula acertou a liberação de R$514 milhões de apoio. Apesar da reclamação de parte dos governadores do Centro-Norte do país, Barbalho acredita que essa Medida Provisória será sucedida por outras, e que a “solidariedade e assertividade” vistas no Rio Grande do Sul se repetirão.

De Nova York, onde fechou um contrato de R$1 bilhão para venda de créditos de carbono oriundos da redução do desmatamento no estado, Barbalho explicou que o dinheiro arrecadado será revertido para as ações de enfrentamento aos crimes ambientais. O Pará, apesar de ter reduzido suas taxas em 42% entre 2023 e 2024, segue como o líder de desmatamento no Brasil. Além da fiscalização e repressão, a estratégia demanda nova visão econômica, com a floresta em pé, frisa o governador.

Por outro lado, enquanto toma a dianteira da pauta ambiental e celebra a COP-30 em Belém, o governador admite que municípios façam a gestão da mineração. Como mostrou a série do OGLOBO ” O garimpo no poder”, a atividade traz impactos socioambientais ao Pará. A Procuradoria Geral da República e a Advocacia Geral da União se opuseram a uma resolução estadual que dá às prefeituras o poder de autorizar garimpos. Segundo Barbalho, o estado não tem capacidade de analisar todos pedidos de licenciamentos ambientais.

Indagado pela reportagem de O Globo se o problema só se resolve com investimentos federais,Helder Barbalho foi enfático:

HELDER BARBALHO – Eu proponho excepcionalidade na estratégia orçamentaria do governo federal, num cenário igual se demonstrou, de solidariedade absolutamente acertada, no Rio Grande do Sul. Não quantificando, mas entendendo a urgência e a gravidade. Pontuei isso na reunião semana passada que enquanto no Rio Grande do Sul se dispensou R$40 bilhões, essa excepcionalidade também deve ser praticada nas regiões que estão sofrendo com as queimadas, na Amazônia, Cerrado e Pantanal. O valor dessa dimensão, as demandas haverão de apontar. E me foi respondido que a Medida Provisória (MP) foi apenas uma primeira sinalização diante de uma primeira estimativa. Assim como no Rio Grande do Sul foram mais 20 MPs, aqui não seria diferente na oferta de recursos.

A reportagem completa é de O Globo e pode ser acessada pelo link a seguir

https://oglobo.globo.com/brasil/meio-ambiente/noticia/2024/09/27/entrevista-governo-deve-atuar-na-amazonia-como-agiu-em-favor-do-rio-grande-do-sul-diz-governador-do-para.ghtml

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