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Operação contra garimpo no Rio Madeira destrói mais de 300 dragas

Com o apoio do Ibama e da Funai, a Operação Prensa da Polícia Federal, teve início na terça-feira (20) e se concentra no Rio Madeira e em seus afluentes, o Rio Aripuanã e o Rio Manicoré

A Polícia Federal destruiu 303 dragas na maior operação contra o garimpo ilegal em andamento na região sul do Amazonas. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (22) pela assessoria de imprensa da superintendência da PF no estado.

Com o apoio do Ibama e da Funai, a Operação Prensa teve início na terça-feira (20) e se concentra no Rio Madeira e em seus afluentes, o Rio Aripuanã e o Rio Manicoré.

As equipes percorrem municípios do sul do Amazonas com o objetivo de combater o garimpo ilegal na região. A operação será contínua, sem um prazo definido para conclusão, segundo a PF.

Na tarde de quarta (21), os garimpeiros reagiram a ação e atacaram policiais federais enquanto as equipes tentavam atracar suas embarcações em um porto de Humaitá.

Posteriormente, os garimpeiros tentaram invadir o prédio da Prefeitura de Humaitá, o que levou ao início de um confronto com a Polícia Militar. Cerca de 16 pessoas foram presas.

Nesta quinta-feira (22), a operação prossegue, com o último balanço da PF indicando a destruição de 303 dragas utilizadas na região, a maioria delas concentrada em Humaitá. Os agentes estão usando drones e helicópteros para mapear os locais afetados.

De acordo com a Polícia Federal, as dragas removem areia do fundo do rio, que é misturada com mercúrio para extrair o ouro. Esse processo contamina as águas, resultando na morte de peixes. A população indígena e ribeirinha nas proximidades também é afetada pela contaminação e pela violência provocada pelos garimpeiros.

Segundo a PF, os garimpeiros aproveitam a estiagem, quando os níveis dos rios estão mais baixos, para facilitar a extração do ouro. Investigações também revelam que o garimpo ilegal ocorre em áreas indígenas.

“O comportamento dos garimpeiros justifica os dois eixos estratégicos da Polícia Federal no combate ao crime ambiental: a parte dissuasória e operacional, que envolve a destruição dos equipamentos, e a parte de polícia judiciária, que se dedica a investigações estruturantes para combater a lavagem de dinheiro e responsabilizar os líderes desses crimes”, afirmou o superintendente da PF no Amazonas, João Garrido.

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