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Amazonas tem consumidores mais prejudicados com “gatos” de energia

“Gatos” em energia elétrica custam R$ 6,9 bilhões para os clientes regularizados

A tarifa de energia elétrica do brasileiro ficou até 13,4% mais cara em 2023 devido aos “gatos” caseiros – furtos e fraudes por ligações clandestinas, desvios de rede e adulterações no medidor de eletricidade.

Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o custo desses “gatos” foi de R$ 9,9 bilhões no ano passado. Pelo menos 70% desse valor foi repassado para os consumidores na forma de tarifa, representando 2,9% da receita requerida (que cobre os custos operacionais das empresas), somando R$ 6,9 bilhões de arrecadação.

Os consumidores mais prejudicados, com maior percentual de repasse nas tarifas, são os do Amazonas, com participação de 13,4% de perdas “não técnicas” nas cobranças pela Amazonas Energia.

Na sequência aparece a Light, do Rio de Janeiro, com 10,5% de repasse, e a CEA Equatorial, do Amapá, com 8,2% de cobrança pelos “gatos”.

Os consumidores que menos pagam pelos furtos, com custos abaixo de 1% nas tarifas, são os clientes das seguintes distribuidoras:

Energisa S-SE: 0,1%

Energisa MG: 0,1%

Neoenergia Cosern: 0,6%

CPFL Santa Cruz: 0,7%

Neoenergia Elektro: 0,9%

Energisa Tocantins: 0,9%

Melhor serviço, pior tarifa

A Aneel considera os “gatos” de energia como “perdas não técnicas”, pois não estão relacionados ao sistema elétrico, mas sim a furtos, fraudes e problemas de medição na rede da distribuidora.

Essas perdas ocorrem principalmente no mercado de baixa tensão, onde estão os consumidores residenciais, e podem ser medidas ou faturadas. Como resultado, parte dos custos é repassada nas tarifas dos consumidores que estão regularizados.

De acordo com a Aneel, o percentual dessa cobrança por “gatos” segue uma regulação baseada em incentivos para estimular as concessionárias a melhorarem seus serviços.

Quando a empresa de distribuição oferece um bom serviço e cumpre suas obrigações contratuais, o repasse dos custos dos “gatos” é maior para os consumidores. Por outro lado, quando a distribuidora não atende às expectativas em relação aos serviços prestados, o repasse para os consumidores é menor e a empresa precisa arcar com a maior parte do prejuízo.

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