Enchentes no RS provocam impacto enorme no turismo na Serra Gaúcha;veja vídeo
Com o aeroporto de Porto Alegre fechado e as principais estradas bloqueadas, Gramado, que chegou a receber 8 milhões de visitantes em 2023, agora está praticamente vazia.
As enchentes do Rio Grande do Sul tiveram um impacto enorme para o turismo na Serra Gaúcha.
Na região mais alta do Rio Grande do Sul, um amanhecer gelado. Em São José dos Ausentes fez 6º C nesta terça-feira (14) cedo. Em Gramado, mesmo com os principais pontos turísticos a salvo dos deslizamentos, são poucos os que estão na cidade e para aproveitar o frio. É o caso da Jhully e o Deivid, que são do litoral de São Paulo.
“E a gente ia acompanhando todo o tempo as rotas para saber se estavam liberadas, se teve deslizamento, se tinham arrumado. A gente também já vai estar ajudando de alguma forma, não cancelando”, diz a promotora de vendas Jhulli Império.
Com o aeroporto de Porto Alegre fechado e as principais estradas até Gramado bloqueadas, a cidade que chegou a receber 8 milhões de visitantes em 2023, agora está praticamente vazia. São os turistas que mantém as empresas e os empregos em Gramado. Por isso, a região inteira espera com aflição que o tempo melhore.
O sindicato que representa hotéis e restaurantes estima um prejuízo de mais de R$ 100 milhões em maio, e fez um apelo aos turistas.
“A nossa solicitação é que remarquem suas viagens, não cancelem. Estamos em negociações com os sindicatos para que os empregos sejam mantidos”, pede Cláudio Souza, presidente do Sindtur.
O governador Eduardo Leite esteve nesta terça-feira (14) em Caxias do Sul, onde oito pessoas morreram por deslizamentos. Ele fez um balanço das ações necessárias para reconstruir a região, remover pessoas das áreas de risco e acolher os desabrigados. E falou, também, sobre o setor de turismo.
“A gente quer ver tudo o que possa ser feito de ações emergenciais em aeroportos que têm estrutura, como o de Caxias do Sul, para que a Serra Gaúcha não sofra um segundo impacto com a dificuldade de acesso para os turistas”, diz Eduardo leite.
Mais de mil pessoas seguem fora de casa em Gramado. Há dez dias, a aposentada Vera Regina de Freitas Pinheiro vai todas as manhãs ver a casa que teve que abandonar às pressas. A rua cedeu no fim de semana.
“A gente deixou toda a vida da gente ali. Tu pensa agora, tu não sabe para que lado tu vai, o que tu vai fazer da vida, o que que vai acontecer”, lamenta.
Com informações do Jornal Nacional