Por que cientistas estão empolgados com eclipse total do Sol
Nesta segunda-feira, 8 de abril, milhões de pessoas em toda a América do Norte deverão presenciar um dos eventos mais raros que existem: um eclipse solar total.
Da cidade mexicana de Mazatlán, no litoral do Pacífico, até a Terra Nova, na costa leste do Canadá, a Lua irá bloquear totalmente o Sol e lançar sua sombra sobre a Terra, fazendo com que o dia no nosso planeta se torne quase noite.
Mas não é apenas o público que irá se encantar com o fenômeno. Cientistas correm para preparar experimentos e observar o evento.
A cada 18 meses, ocorre um eclipse solar total em algum lugar da Terra.
Um golpe de sorte fez com que o Sol fosse 400 vezes maior do que a Lua e também ficasse 400 vezes mais longe da Terra do que o nosso satélite natural. Com isso, a Lua cobre totalmente o disco solar quando atinge o ponto de alinhamento perfeito entre o Sol e a Terra.
No Brasil, o eclipse do dia 8 não será visível.
Mas este eclipse de abril de 2024 é particularmente importante porque irá passar por uma vasta extensão de terra habitada, permitindo que muitos milhões de pessoas observem o fenômeno.
Os locais que se encontram no trajeto ficarão no escuro por não mais de quatro minutos. Mas esse curto período é suficiente para realizar alguns dos experimentos mais raros da ciência.
Os cientistas esperam observar a atmosfera solar – a coroa – enquanto ela dança em volta da Lua, além da reação dos animais selvagens ao evento celestial. E até lançar foguetes serão lançados para observar como a atmosfera da Terra reage.
Estima-se que 31 milhões de pessoas estarão no trajeto do eclipse. Este número é o dobro do último eclipse solar total que cruzou os Estados Unidos, em 21 de agosto de 2017.
O período de totalidade do eclipse também é mais longo desta vez, em até dois minutos e meio, para a maioria dos observadores de 2017. O motivo é que, naquela ocasião, a Lua estava mais longe da Terra do que agora.
E a largura do trajeto deste eclipse também será quase duas vezes maior: cerca de 200 km contra apenas 110 km em 2017.
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