Parentes, amigos e fãs dão adeus a Ziraldo

Desenhista morreu aos 91 anos, dormindo em seu apartamento, no Rio, na tarde do sábado

Parentes, amigos e fãs prestaram as últimas homenagens ao cartunista Ziraldo, ontem, no Rio. O velório ocorreu no Museu de Arte Moderna (MAM). Uma bandeira do Flamengo, time de coração do mineiro, foi estendida no caixão. Ao seu lado, o boneco do Menino Maluquinho, o célebre personagem do desenhista. De lá, o corpo seguiu para o Cemitério São João Batista, em Botafogo, onde foi enterrado.

Uma das filhas do cartunista, Fabrizia Pinto lembrou do papel de seu pai na luta contra a ditadura militar. “Ele ficou no Brasil para lutar com a pena. Com papel, com ideias pequenas e pérolas. Uma pessoa como essa não vai embora”, disse Fabrizia.

A família do artista desejava que ele tivesse uma estátua em sua homenagem colocada no calçadão de Copacabana, ao lado da do poeta Carlos Drummond de Andrade, de quem era amigo. Ao saber do pedido, o prefeito Eduardo Paes consentiu.

“Ele tinha uma carioquice muito especial. Ele é de uma geração de mineiros que vem para o Rio mostrar todo seu talento e se espalha para todo Brasil. Vê o Menino Maluquinho, ele tinha um quê de carioquinha”, afirmou o prefeito, que também levará o nome de cartunista a um projeto da rede municipal de educação.