MANAUS AGORA

Marcelo Ramos oficializa filiação e fecha o paredão contra David Almeida pela prefeitura de Manaus

Na disputa por uma vaga à Câmara Municipal de Manaus, atuais vereadores praticaram uma ampla reconfiguração com as mais diversas mudanças partidárias, e filiação de novos candidatos devem acirrar a disputa.

Com ida de Ramos para o PT, articulada pelo próprio presidente Lula, que buscava um palanque forte na capital amazonense para enfrentar o atual prefeito  (Avante) e representantes do bolsonarismo como Capitão Alberto Neto (PL) e Coronel Menezes (PP),a janela partidária está concluida em Manaus.

Na outra ponta, o deputado federal Amom Mandel, do Cidadania, que nas últimas pesquisas está empatado tecnicamente com David Almeida,está assentado na federação com PSDB,de onde deverá sair o candidato a vice na chapa.

E, finalmente, a coligação de Roberto Cidade, do União Brasil, que além de outros partidos, deverá abrigar o Coronel Menezes, que ingressou nos últimos dias no Partido Progressistas, numa articulação do governador Wilson Lima.

Reconfiguração política em Manaus: a dinâmica das mudanças partidárias

Com o término da janela partidária em 5 de abril, a política de Manaus testemunhou uma série de mudanças significativas na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Esse período de 30 dias permitiu que vereadores revissem suas filiações partidárias, visando as Eleições Municipais de 2024, sem o risco de perderem seus mandatos.

O presidente da CMM, vereador Caio André, foi uma das figuras proeminentes que optou por mudar de partido. Deixando o Podemos, ele se juntou ao União Brasil, legenda sob a liderança do governador Wilson Lima. Em seu ato de filiação, Caio André expressou entusiasmo, destacando sua determinação em contribuir para o “time vencedor” do novo partido.

Não foi apenas Caio André que protagonizou mudanças. Outros vereadores da capital também decidiram redefinir suas trajetórias políticas. Raiff Matos e Francisco Carpegiane abandonaram o Democracia Cristã (DC) e o Republicanos para se alinharem ao Partido Liberal (PL). Por sua vez, Thayssa Lippy fez uma transição do Partido Progressista (PP) para o Partido Renovação Democrática (PRD).

Em movimentações anteriores, outros vereadores já haviam trocado de legenda. Fransuá fez a transição do Partido Verde (PV) para o Partido Social Democrático (PSD). Glória Carrate optou pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) após sua saída do PL. Jaildo Oliveira, por sua vez, deixou o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) para se filiar ao PV. Contudo, alguns vereadores ainda mantêm suas futuras filiações em sigilo, como é o caso de Dione Carvalho, Eduardo Alfaia, Joelson Silva, Kennedy Marques, Roberto Sabino e Rosinaldo Bual.

A paisagem política de Manaus também viu movimentações que abrangem o espectro ideológico, indo da direita à esquerda. O coronel Alfredo Menezes, por exemplo, deixou o PL e aderiu ao PP, decidindo não concorrer à prefeitura e focar em uma candidatura a vereador. Em contrapartida, o deputado federal Marcelo Ramos se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT), após convites de destaque, planejando sua pré-candidatura à prefeitura de Manaus.

É crucial entender que a janela partidária é uma ferramenta exclusiva dos anos eleitorais. Ela permite que detentores de mandatos proporcionais, como vereadores, mudem de partido sem enfrentar a perda de seus cargos. No entanto, existem regras e exceções claras para tais mudanças. Aqueles que decidirem mudar de legenda fora dos critérios estabelecidos, como divergências no programa partidário ou discriminação pessoal grave, correm o risco de perder seus mandatos, demonstrando a importância de escolhas estratégicas e alinhadas com os princípios partidários.

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