Política

Bolsonaro elogia Musk e terceiriza ataques a Morais em ato no Rio

Ex-presidente disse que o dono do X ‘mito da liberdade’ e negou tentativa de golpe. Críticas à Alexandre de Moraes ficaram com Silas Malafaia, que chamou o ministro do STF de ditador. Evento reuniu 32,700 pessoas, segundo monitor da USP

O ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ontem no Rio foi marcado por acusações de parcialidade contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva( PT) e ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD- Minas Gerais) e por manifestações de gratidão ao empresário Elon Musk dono do X.

O evento __ considerado o primeiro de uma série de manifestações em que o ex-presidente promove seus candidatos a prefeito__ teve um público menor do que o esperado.

Ele reuniu 32.750 pessoas, segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo USP.

É, segundo monitor, um número que equivale a 17% do público que ele calculara na manifestação da avenida Paulista em fevereiro (185.000), e metade do registrado no outro protesto em defesa de Bolsonaro no mesmo lugar em 2022 (64.600) pessoas. A PM não fez estimativa.

Coube ao pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato pró-Bolsonaro, deixar claro ao chegar à Copacabana qual era o principal objetivo do evento. Meu negócio não é STF, meu negócio é Alexandre de Moraes, disse. Vamos mostrar através de fatos o que está acontecendo no país.

Em seu discurso Bolsonaro preferiu tratar de Elon Musk. Disse que o empresário é um ‘mito da liberdade’ e fez críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe de governo do petista. O ex-presidente, alvo de investigação por tentativa de golpe, terceirizou a aliados os ataques morais e sugeriu que a pressão que sofre seria para “concluir o trabalho de Juiz de Fora”, onde foi vítima de uma facada em 2022.

O ex-presidente voltou a minimizar a minuta do golpe, documento encontrado pela Polícia Federal. Segundo a investigação, Bolsonaro não só tinha conhecimento como também editou o texto que poderia ser usado para justificar uma ruptura sem motivos legais.

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