Brasil

Primeira Turma do STF forma maioria para referendar prisões de supostos mandantes de morte de Marielle

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na manhã desta segunda-feira para manter presos os três supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrida em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.

Em plenário virtual, os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin seguiram o voto do relator e presidente da Primeira Turma, Alexandre de Moraes, e votaram para referendar as prisões preventivas que haviam sido determinadas por Moraes no domingo em razão das investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

Faltam votar os ministros Luiz Fux e Flávio Dino. A sessão virtual teve início à 0h desta segunda-feira e os dois ministros terão até às 23h59 do mesmo dia para se manifestar.

Mais novo ministro da Corte, Dino era ministro da Justiça e Segurança Pública e se empenhou para que o caso fosse elucidado. Sob o governo Lula, as investigações passaram a ser tocadas pela Polícia Federal (PF), medida que não foi tomada pela gestão anterior.

Com o avanço das apurações e o fechamento de dois acordos de colaboração premiada, a PF deflagrou a operação Murder Inc. e prendeu no domingo Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio pelo União Brasil; Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio; e Rivaldo Barbosa, delegado e ex-chefe de Polícia Civil do Rio. De acordo com as investigações, eles são os mandantes do atentado a tiros que terminou com a morte de Marielle e Anderson. Eles estão presos em Brasília.

A atuação da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) junto a comunidades em Jacarepaguá dominadas por milícias motivou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão a encomendar seu assassinato, segundo relatório produzido pela PF. Essas áreas no Rio são o principal reduto eleitoral de Chiquinho.

Coube ao delegado Rivaldo Barbosa, segundo a PF, sabotar as investigações da Polícia Civil do Rio com o objetivo de encobrir os irmãos Brazão. Várias artifícios, como o apontamento a pessoas que não tinham ligação com o crime, foram usados pelo então chefe da Polícia Civil do Rio para obstruir os trabalhos de investigação, diz a Polícia Federal.

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