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Real Time1__Em 20 anos, candidatura de mulheres à Prefeitura cresceram 300% no Amazonas

Com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral, 96% das candidaturas de 2000 a 2020 são para vice-prefeitas

Candidaturas femininas para os cargos de prefeitas e vice-prefeitas cresceram 300% no Amazonas, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral.

Esse índice otimista, no entanto, nem sempre corresponde aos resultados das urnas, mas o “empoderamento” feminino cresce e aparece a cada eleição.

Apesar o crescimento de candidaturas femininas no estado, elas continuam tendo uma vitórias nas urnas ínfima, o que significa que ainda falta uma jornada para uma representatividade efetiva.

O Real Time1 realizou um levantamento entre os anos de 2000 a 2020, com foco nas eleições municipais e descobriu que, 96% das candidaturas são para o cargo de vice-prefeita.

Além do aumento da representatividade feminina para os cargos mais altos do Executivo municipal, em duas décadas, o Amazonas registrou também aumento de vereadoras.

De acordo com os dados do TSE, entre as eleições municipais de 2016 e 2020, houve um aumento de 38% de candidaturas femininas para vice-prefeita e uma redução de 22% para os cargos de prefeita dos municípios.

Candidaturas para vice-prefeita

O aumento do número de candidatas a vice pode estar associado ao modo como ocorrem as campanhas em cidades menores, que apostam na chance de vitória feminina na disputa à prefeitura.

Diante disso, o crescimento de mulheres concorrendo ao cargo de vice pode também estar atrelado à cultura partidária na distribuição do financiamento partidário, que privilegia a candidatura de homens ao Executivo.

Segundo a pós-doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo, Teresa Sacchete, a dinâmica política de cidades menores aumenta a probabilidade de vitória fora da divisão financeira dos partidos políticos.

“Na verdade, são os municípios menores que mais elegem [as mulheres]. Nos municípios menores, as mulheres podem fazer campanha com a ajuda dos vizinhos, dos amigos, parentes. Há ali uma inversão da teoria, muito fundamentada na repartição do financiamento de campanhas via partidos políticos”.

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