Real Time1__Após afundar Maceió, Braskem ‘trama’ contra Zona Franca
Obrigatoriedade de aditivar produtos feitos em Manaus tira a competitividade da Zona Franca de Manaus.
O Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, acusou a Braskem, mineradora responsável pelo afundamento de terras em Maceió (AL), de tramar uma consulta pública que vai prejudicar a indústria amazonense de plásticos.
Durante a reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), Serafim revelou que está em curso no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) a consulta pública 24, de 24 de novembro, para alterar o Processo Produtivo Básico (PPBs) das indústrias de plásticos de Manaus.
A consulta prevê que, no novo PPB, seja obrigatória a adição de “produtos não poliméricos” a resina de polietileno e polipropileno, dois polímeros usados largamente na indústria de embalagens para diversos fins.
A obrigatoriedade de aditivar estes produtos feitos em Manaus tira a competitividade das indústrias instaladas na Zona Franca de Manaus.
Conforme Serafim, a alteração cria a obrigação de adição de percentual mínimo de 3% de conteúdo não polimérico, situação não prevista atualmente. Quem pediu a alteração do PPB, ainda segundo os secretário, foram as entidades do setor plástico, mas, segundo ele, quem está por trás é a Braskem.