Favorito na final do Mundial, Manchester City mostrou pontos que podem ser explorados pelo Fluminense

Tricolor precisará fazer jogo de erro zero na sexta-feira, mas o adversário é uma equipe em formação

O aguardado confronto se confirmou. O Fluminense decidirá o título do Mundial de Clubes contra o Manchester City, que bateu o Urawa Reds, do Japão, por 3 a 0, ontem, em Jidá, na Arábia Saudita. O favoritismo dos ingleses, na próxima sexta-feira, às 15h (de Brasília), é indiscutível. Mas aos tricolores é permitido, sim, sonhar. Ainda que com moderação.

A esperança tricolor está justamente no estilo de Fernando Diniz, que deve estar estudando em detalhes a partida de ontem. O futebol corajoso do Fluminense — que, muitas vezes, o expõe em demasia na defesa — diante de grandes adversários é o que pode tirar o City da sua zona de conforto. Os ingleses praticamente não foram atacados pelos japoneses, muito pela falta de qualidade técnica do adversário.

Ao contrário do Urawa, o Fluminense é uma equipe que também propõe o jogo e gosta da posse de bola. Os contra-ataques do tricolor costumam ser bem trabalhados, de pé em pé, como treina incansavelmente o técnico. O City não verá um adversário totalmente recuado, se defendendo em sua área à espera de uma bola.

— É a escola brasileira. Jogam muito bem com a bola, se juntam muito, têm jogadores de muita qualidade: André, Ganso… Tenho uma vaga ideia. A partir de amanhã (quarta), vou me concentrar no Fluminense, para ver o que temos que fazer — disse Guardiola, que contará com o goleiro Ederson, da seleção brasileira, como “espião”.

Diante dos japoneses, os ingleses tiverem o jogo à feição, ainda que o futebol vistoso da temporada passada não tenha dado as caras. O City teve o domínio absoluto da partida, e se utilizou da conhecida paciência em rodar a bola até achar o espaço — o primeiro gol veio contra, do zagueiro norueguês Höibraaten, que tocou para a própria rede após cruzamento do brasileiro naturalizado português Matheus Nunes.

No segundo tempo, os ingleses aproveitaram o time japonês mais aberto na tentativa do empate para confirmar a vitória com os meias Kovacic e Bernardo Silva. Daí para frente, Guardiola aproveitou para dar descanso aos jogadores e fazer um treino de luxo no estádio Rei Abdullah.

Para conquistar o mundo, o Fluminense terá de fazer um jogo de erro zero. Não custa nada sonhar.