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Amazonas Atual__Uber faz acordo e pagará R$ 100 mil a família de jovem morta em acidente

A Uber do Brasil vai pagar R$ 100 mil à família de Fernanda Rodrigues Pinheiro, de 18 anos, que morreu em acidente de trânsito em Manaus em abril deste ano. O valor foi fixado em um acordo firmado na Justiça neste mês para encerrar uma ação judicial na qual a família da jovem pedia indenização no mesmo valor e uma pensão de um salário mínimo.

O pagamento do valor foi proposto pela própria Uber e o acordo foi homologado no dia 4 deste mês pela juíza Maria Eunice Torres do Nascimento, da 9ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho.

De acordo com as investigações, o acidente foi causado pelo tenente do Exército Yan Danrlei Ferreira Rozendo, de 28 anos, que avançou o sinal vermelho e atingiu o veículo em que Fernanda estava.

O acidente ocorreu no dia 14 de abril, por volta de 21h30, no cruzamento das Avenidas Getúlio Vargas e Ramos Ferreira, no Centro Histórico de Manaus. Yan dirigia uma BMW na Avenida Getúlio Vargas, no sentido bairro/centro. Fernanda, que tinha acabado de chegar em Manaus, ia para a casa de uma prima no bairro Aparecida, zona sul de Manaus, em um veículo Ford Ka solicitado via aplicativo Uber. O carro era conduzido por Edney Franklin Silva do Amaral, de 33 anos.

Ainda conforme as investigações, o tenente avançou o sinal vermelho no cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e Ramos Ferreira e atingiu a lateral traseira direita do carro Ford Ka. Fernanda e Edney foram arremessados para fora do veículo.

Fernanda morreu na hora. Edney foi levado para o Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, na zona leste de Manaus. Ele chegou com um quadro grave de saúde e foi intubado. O motorista ficou em coma por seis dias.

No dia do acidente, policiais militares conduziram Yan à sede do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) para fazer teste de bafômetro. O exame deu negativo.

Os investigadores tentaram, mas não conseguiram imagens do local do acidente. O Centro Integrado de Analise de Imagens de Segurança Pública informou que não tem câmeras no local. A direção de uma academia localizada no canto entre as duas avenidas comunicou que não tem câmeras externas.

A polícia também enfrentou dificuldades para identificar testemunhas. Pessoas que trabalham nas proximidades do local do acidente disseram não ter visto quem ultrapassou o sinal.

Apenas uma mulher que conduzia um veículo na Avenida Getúlio Vargas, no mesmo sentido que a BMW, relatou que Yan avançou o sinal vermelho.

Ela disse que viu o a sinalização vermelha e reduziu a velocidade para parar mais adiante. Depois, o sinal abriu para quem estava na Avenida Ramos Ferreira e os carros que estavam naquela avenida começaram a se deslocar.

A mulher relatou que quando estava parando o veículo próximo à faixa de pedestre foi ultrapassada pela BMW, “em alta velocidade”. Em seguida, “o condutor do BMW ultrapassou o semáforo vermelho, em ato contínuo colidiu na lateral traseira do lado direito do veículo Ford/Ka de cor preta, que trafegava pela Av. Ramos Ferreira”.

A testemunha disse que “com a colisão os dois veículos giraram, o veículo Ford/Ka caiu em cima dos dentes de dragões encostado em um poste e duas pessoas foram sacadas para fora do veículo”.

No relatório da Polícia Civil enviado à Justiça em maio deste ano, o delegado Temístocles Alencar, da Delegacia de Acidentes de Trânsito, indiciou o tenente por homicídio e lesão corporal culposos (quando não há intenção).

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