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Portal Zona Franca_Seca de 2023 no AM: a maior de todos os tempos

Na manhã desta segunda-feira (16), a nova medição aponta que os rios baixaram cerca de 10 cm no último dia.

A seca de 2023 no Amazonas é a maior da história do estado, com a marca histórica de 13,59 metros. Na manhã desta segunda-feira (16), a nova medição aponta que os rios baixaram cerca de 10 cm no último dia.

Nesse domingo (15), a medida marcava 13,69 metros, muito pouco para o recorde de 13,63 metros, em outubro de 2010. E em 2023, o recorde foi superado.

Além disso, a marca registrada superou o nível mais baixo anteriormente em 1963, quando o rio atingiu uma profundidade de 13,64 metros. A rápida queda do nível das águas nas últimas 24 horas é motivo de crescente preocupação para as autoridades, uma vez que há indicações de que o Rio Negro continuará a baixar nos próximos dias. Isso representará um desafio, especialmente para as comunidades ribeirinhas e os habitantes do interior do estado do Amazonas.

O igarapé Paranã de Tefé é um curso d’água volumoso em períodos normais, usado como via de navegação para barcos lotados de passageiros rumo ao rio Solimões e habitat de botos, mas atualmente o rio está morto.

Já na boca do rio Tefé (ou lago Tefé, como é mais conhecido na região), onde deságua, o igarapé virou um banco de areia, superaquecida por temperaturas também extremas. O vazio percorre seu curso inteiro, passando por comunidades dependentes da abundância de água.

Navios deixam de levar cargas

A seca histórica no Amazonas ameaça parar a partir da semana que vem fábricas do polo industrial de Manaus (AM), onde está concentrada a produção nacional de eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos e motocicletas. As condições do transporte de cargas pelo rio Amazonas e seus afluentes pioraram drasticamente nos últimos dias, provocando atrasos na entrega de materiais, assim como um acúmulo de produtos acabados nos estoques das fábricas.

As maiores embarcações não conseguem mais acessar o porto de Manaus devido à redução do nível de água em trechos críticos para abaixo da profundidade mínima necessária para a passagem com segurança dos navios de grande calado. A alternativa é transportar as cargas por balsas entre Manaus e o porto Vila do Conde, no município de Barcarena, no Pará, onde os navios estão transferindo a carga.

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