Manaus

Fumaça encobre Manaus e deixa qualidade do ar péssima

As queimadas frequentemente ocorrem na região amazônica durante a estiagem, isso facilita a limpeza do terreno rapidamente e causa impactos devastadores para o meio ambiente e a saúde das comunidades locais. A fumaça resultante desses incêndios pode se espalhar por grandes áreas, obscurecendo o céu e dificultando o dia a dia dos moradores, incluindo a navegação em rios

O aplicativo Selva, que mede os níveis de poluição do ar na capital, aponta que a qualidade do ar é considerada péssima em diversos pontos da cidade, nesta quarta-Foto:Andreza Miller

A fumaça que voltou a encobrir a capital amazonense, nesta quarta-feira (11/10), tem origem nos municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM), de acordo com dados do programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e que foram levantados pela Prefeitura de Manaus, via Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas).

O aplicativo Selva, que mede os níveis de poluição do ar na capital, aponta que a qualidade do ar é considerada péssima em diversos pontos da cidade, nesta quarta. As queimadas frequentemente ocorrem na região amazônica durante a estiagem, isso facilita a limpeza do terreno rapidamente e causa impactos devastadores para o meio ambiente e a saúde das comunidades locais. A fumaça resultante desses incêndios pode se espalhar por grandes áreas, obscurecendo o céu e dificultando o dia a dia dos moradores, incluindo a navegação em rios.

De acordo com dados do Inpe, nos últimos dois dias, foram registrados 504 focos de queimadas no Amazonas, sendo que o município de Autazes, a 111 quilômetros de Manaus, registrou 105, o que representa 20,8% do total registrado no Amazonas.

Além de Autazes, os municípios de Careiro (50 focos), Careiro da Várzea (26 focos), Itacoatiara (24 focos) e Manacapuru (18) estão entre os dez municípios que mais registraram focos de queimadas nos últimos dois dias, segundo os dados do Inpe.

Manaus, neste mesmo período, registrou três focos de queimadas, todos na zona rural, sendo dois nas proximidades da BR-174, rodovia que liga o Roraima e Amazonas, e o terceiro foi registrado nas proximidades da comunidade Nossa Senhora de Nazaré, no rio Amazonas.

A Semmas tem feito um trabalho de resfriamento dos parques da cidade, para evitar focos de incêndio nesses locais. Além disso, a secretaria recebeu 14 denúncias de queimadas e encaminhou às autoridades de segurança pública para identificar os responsáveis.

O acúmulo de fumaça decorrente das queimadas acontece desde o mês de setembro, ao longo de outubro a situação tem se agravado.

Fumaça afeta voos

Devido a baixa visibilidade o aeroporto de Manaus está operando por instrumentos, com voos provenientes de Brasília, São Paulo e Campinas realizando esperas e reduções de velocidade de acordo com instruções dos controladores de voo, aguardando a melhora das condições.

Ambas as cabeceiras da pista 11-29 do Eduardo Gomes possuem procedimentos por instrumento, mas durante parte da manhã as condições estavam abaixo das recomendadas.

Estiagem no Amazonas

A forte seca que atinge o Amazonas afeta 60 dos 62 munícipios do estado, com a queda do nível dos rios, e aliada a densa fumaça que restringe as operações nos terminais aéreos regionais, a logística de abastecimento tem enfrentado diversos desafios, destacando a importância do modal aéreo em crises dessas proporções.

Segundo a Defesa Civil do Amazonas, no período de 12 de julho a 09 de outubro, mais de 2.000 focos de incêndio foram combatidos.

O governo estadual está utilizando quatro aeronaves para o monitoramento dos focos das queimadas e auxílio a população, sendo que uma foi cedida pela Marinha, uma pelo governo do Mato Grosso do Sul e outra pelo Distrito Federal, a quarta pertence à Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP/AM).

Por Andreza Miller

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