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Manaus e interior do AM cobertos por fumaça de queimadas

Em Novo Aripuanã, as nuvens de fumaça prejudicaram a visibilidade, tanto na área urbana quanto em locais como o porto

A cidade de Novo Aripuanã, no Amazonas,encoberta pela fumaça — Foto: Raolin Magalhães/Rede Amazônica

A fumaça das queimadas tem encoberto Manaus e outras áreas do Amazonas desde agosto. Nesta terça-feira (5), a capital e o município de Novo Aripuanã, no Sul do estado, amanheceram cobertos por fumaça de queimadas

Em Manaus, vídeos mostram a fumaça sobre ruas do Centro. Em Novo Aripuanã, as nuvens de fumaça prejudicaram a visibilidade, tanto na área urbana quanto em locais como o porto.

A fumaça em Manaus é proveniente dos focos de calor registrados na capital e em outras cidades da Região Metropolitana.

De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), dos 2.623 focos registrados de 1º agosto a 04 de setembro na Região Metropolitana, 1.415 ocorreram somente nos últimos 10 dias.

“Resultando na alta densidade de material particulado sobre a capital”, enfatizou a secretaria.

Segundo a secretaria, as altas temperaturas causadas pelo agravamento do El Niño também dificultam a dispersão da fumaça no ar. “Fazendo com que se acumule o material sobre a cidade”, reforçou.

Baixa umidade do ar

A Defesa Civil do Estado emitiu um alerta de baixa umidade do ar para o Amazonas que poder piorar o cenário de queimadas nesta terça-feira (5).

A meteorologista Lenizia de Souza, da Defesa Civil do Amazonas, explica a relação da baixa umidade com os focos de queimadas. “A baixa umidade relativa do ar deixa o ar mais seco e isto aumenta o risco de incêndio”, afirmou.

O alerta da Defesa Civil prevê uma umidade relativa do ar variando entre 30% e 20%. Para se ter ideia, como o Amazonas tem clima quente e úmido, quando os padrões do estado estão dentro da normalidade, a umidade do ar gira em torno dos 90%.

Nesta terça, além de Manaus, as seguintes cidades registram baixa umidade: Anamã; Anori; Apuí; Autazes; Beruri; Borba; Caapiranga ; Canutama; Careiro; Careiro da Várzea; Coari; Codajás; Humaitá; Iranduba; Itacoatiara; Manacapuru; Manaquiri; Manicoré; Maués; Nova Olinda do Norte; Novo Aripuanã; Rio Preto da Eva e Tapauá.

Recomendações

A meteorologista Lenizia de Souza listou algumas recomendações da Defesa Civil para população, neste período mais quente. Umas delas é a hidratação constante.

“Evite exposição ao sol e atividades durante as horas mais quentes do dia. Também é importante umidificar o seu ar. Se não tiver, dá para botar um recipiente com água. Atenção também aos problemas nesse período seco, como tosse seca, irritação na pele, coceira, irritação no nariz. Atenção para crianças, idosos e aos animais de estimação. Qualquer problema é importante buscar atendimento médico”, disse.

Amazonas reduz focos

Embora os números sejam altos em Manaus, segundo a Sema, houve redução dos focos de queimadas no estado.

De 1º agosto a 4 de setembro, o Amazonas registrou 6.813 focos de calor, uma redução de 33,27% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o estado obteve 10.210 focos notificados.

Conforme a Sema, no acumulado do ano, o Amazonas tem redução de 23,78% no número de focos. Foram 9.150 focos, de 1º de janeiro a 4 de setembro deste ano, contra 12.006 focos no mesmo período do ano anterior.

“Desta forma, o Amazonas ocupa a 3º posição no ranking de redução de focos de calor dos Estados da Amazônia Legal”, afirmou a secretaria.

Com informações do G1 Amazonas

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