Nas Entrelinhas

Árbitro de Amazonas e Paysandu relatou briga na súmula, mas alegou que VAR não ‘viu’ soco em Naylhor

O time amazonense pode pagar um preço alto, caso a súmula seja usada para denunciar o clube

O Paysandu sofreu, mas venceu o Amazonas em plena Arena da Amazônia. (Jorge Luís Totti / Ascom Paysandu)

O árbitro baiano Marielson Alves Silva anotou na súmula da partida entre Amazonas e Paysandu a confusão generalizada que resultou em uma pesada agressão contra o zagueiro bicolor Naylhor. O incidente aconteceu já nos acréscimos e teve início no banco de reservas das equipes, terminando no interior do estádio, na sala da arbitragem

A sanha primitiva teria acometido o presidente do Amazonas, Wesley Couto. De acordo com o Paysandu, foi ele o autor de um soco desferido covardemente no rosto do zagueiro bicolor, que aparece sangrando em algumas imagens divulgadas. Este episódio foi relatado na súmula, mas sem a devida confirmação de autoria. Além dele, o preparador físico bicolor, Thomaz Lucena, também foi agredido.

“Aos 45′ + 12′ do segundo tempo houve uma confusão generalizada na entrada do túnel de acesso aos vestiários. A partida foi paralisada, pois na saída do atleta expulso do Paysandu, o senhor Leandro Alves, estava sendo conduzido pelo seu companheiro, o senhor Naylhor, que relata ter sido atingido por um soco, desferido pelo presidente do Amazonas, Wesley Couto. Relato também confirmado pela comissão técnica. O atleta atingido apresentou um intenso sangramento na região da boca e nariz e foi atendido pelo médico da equipe”, disse, completando em seguida.

“A equipe de arbitragem não presenciou o fato. A equipe do VAR fez uma busca nas imagens, para identificar os envolvidos, porém, nenhuma das câmeras mostra o incidente”. A caneta de Marielson não parou por aí e acompanhou os passos do dirigente amazonense, que, pela segunda vez consecutiva, se envolve em confusões provocadas diante da iminente derrota de seu elenco. Contra o Botafogo-PB Wesley se desentendeu, pelas redes sociais, com o presidente do Belo, Roberto Burity.

“Já dentro do vestiário da arbitragem, após a partida, o presidente do Amazonas, Wesley Couto, forçou a porta do vestiário, na tentativa de invadir o mesmo, desferindo chutes e socos na porta, não conseguindo entrar. Continuou com os xingamentos, proferindo palavras grosseiras: ‘Seu baiano preguiçoso, seu vagabundo safado. Quem manda nesta porra aqui sou eu. Tu não vai sair daqui'”.

Apesar da fracassada tentativa de intimidar o Paysandu e a arbitragem da partida, o presidente do Amazonas não conseguiu evitar a segunda derrota seguida do Amazonas no quadrangular da Série C, seguindo, desta forma, na lanterna do grupo C, sem pontos marcados, enquanto o Paysandu assumiu a liderança do grupo, com quatro”.

Anotações do árbitro Marielson Alves Silva. (Divulgação CBF)

Reportagem de O LIberal(Belém)

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