Como é viver na Vila da Barca, uma das maiores favelas de palafitas de Belém
Capital do Pará e cidade que receberá daqui dois anos a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, 83% da população não tem coleta de esgoto
Como conta a reportagem do jornal o Estadão,quando seu Raimundo Costa chegou menino vindo do interior do Pará para viver na Vila da Barca, no centro de Belém, a comunidade ainda não tinha as dimensões que a credenciam como uma das maiores favelas de palafitas da América do Sul. Setenta e oito anos depois, as casas construídas em cima do rio, na Baía do Guajará, se multiplicaram e com elas os problemas de esgoto, acesso à água e acúmulo de lixo.
Localizada no centro da capital do Pará, que será palco da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), em 2025, a Vila da Barca está ao lado de um dos bairros mais caros de Belém, o Umarizal, e escancara as desigualdades da cidade.
A caminho da favela, uma linha imaginária criada pelo contraste entre os prédios de classe alta e casinhas modestas, evidencia que o poder público ainda tem um longo caminho a percorrer para levar serviços de qualidade para todos os belenenses. Na comunidade vivem um total de aproximadamente 7 mil pessoas, muitas delas em palafitas.
Enquanto o Pará vira palco dos debates sobre o futuro climático do planeta e na semana passada Belém foi sede da Cúpula da Amazônia, o Estado também precisa resolver seus próprios gargalos ambientais.
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento do governo federal, compilados pelo Instituto Trata Brasil, revelam o drama do saneamento na capital. Os números mais recentes, de 2021, mostram que 83% da população de Belém não tem coleta de esgoto; e 23% ainda não têm acesso à água.
Aos 91 anos, seu Raimundo ainda espera ser contemplado com uma casa, fruto do programa habitacional iniciado há 18 anos, interrompido e retomado, mas que até agora não conseguiu resolver o problema das famílias que vivem no local.
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