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Presos na Operação Entulho, da PF, são empresários do ramo de coleta de lixo e limpeza pública em Manaus

Empresas são as mesmas que tiveram aditivos milionários no ‘apagar das luzes’ da gestão de Arthur – a Prefeitura de Manaus pagou ao longo de 2020,cerca de R$ 238 milhões para as empresas Tumpex LTDA e a Marquise S/A

Coletiva de imprensa sobre a Operação Entulho

Nove presos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito. Eles foram presos durante a Operação Entulho, que investiga esquemas fraudulentos no ramo de coleta de lixo e limpeza pública

Mauro Lúcio Mansur da Silva, Marcos Paulo Silva de Souza, Jeferson Lopes da Silva, José Antônio Marques Vieira, José Nelson Rosa, Benedito Ilson Pereira Martins, Francisco Xavier Verás dos Santos, Valdeci Faria Bruno e Jose Paulo de Azevedo Sodré Neto foram alvos da Operação Entulho da Receita Federal, Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal, deflagrada na manhã desta terça-feira (20).

De acordo com o delegado chefe da Delegacia Contra Crimes de Corrupção da Polícia Federal, Eduardo Zózimo, o grupo, sendo quatro empresários, é investigado por fazer parte de um esquema fraudulento no ramo de empresas de coleta de lixo e limpeza pública, que emitiu R$ 245 milhões em notas fiscais “frias”.

Conforme Zózimo, o bando é investigado pelos crimes de sonegação fiscal, emissão de documentos falsos, lavagem de dinheiro e organização criminosa que vêm sendo praticados desde 2016 até hoje.

O delegado explicou que a operação Entulho investiga os crimes praticados pelos empresários a partir de 2016 até 2019. Por conta dos crimes, a Justiça Federal decretou o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados no valor de R$ 120 milhões.

O delegado destacou que até o momento nenhum servidor público foi investigado na operação, mas não descartou a possibilidade de que a Entulho tenha desdobramentos após a análise dos materiais e documentos apreendidos nessa primeira fase. “As investigações vão continuar. Até o momento não podemos informar sobre o que foi apreendido, porque os agentes ainda não voltaram das ruas”, disse Zózimo

Empresas alvo da PF tiveram aditivos milionários no ‘apagar das luzes’ da gestão de Arthur

Ao longo de 2020, a Prefeitura de Manaus pagou cerca de R$ 238 milhões para as empresas Tumpex LTDA e a Marquise S/A

A um mês de deixar a prefeitura, a gestão do ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) publicou no Diário Oficial do Município extrato dos aditivos aos contratos, que somam R$ 26,3 milhões, para coleta e transporte de resíduos. O maior deles, de R$ 15,3 milhões, foi firmado com a empresa Tumpex LTDA. O outro aditivo custou R$ 11 milhões e foi celebrado com a empresa Marquise S/A, que mantém um contrato com o município desde 2013.

No fim de 2020, a reportagem de A CRÍTICA mostrou que ao longo de 2020, a Prefeitura de Manaus pagou cerca de R$ 238 milhões para as empresas Tumpex LTDA e a Marquise S/A, cerca 66% do orçamento de R$ 359,2 milhões conforme previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) daquele ano.

Com informações do portal A Crítica online

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