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Bolsonaro aposta em  pedido de vista para adiar a decisão que pode torná-lo inelegível no TSE

Ex-presidente afirmou que a corte é um tribunal político eleitoral e voltou a criticar a atuação dos ministros Edson Fachin  e Alexandre de Moraes

Ex-presidente Jair Bolsonaro é julgado pelo TSE por abuso de poder político e pode ficar inelegível Foto: Andre Borges/EFE

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na manhã desta sexta-feira, 23, que acredita na possibilidade de o ministro Raul Araújo Filho, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedir vista no processo que pode torná-lo inelegível por oito anos. Bolsonaro afirmou que o magistrado é conhecido por ter “apego à lei”. Por outro lado, o ex-mandatário voltou a colocar sob suspeição a atuação dos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, atual presidente da Corte eleitoral. O julgamento começou nesta quinta-feira, 22, e continuará na terça, 27.

“O primeiro ministro a votar depois do relator, o ministro Benedito, é o ministro Raul. Ele é conhecido por ser um jurista com bastante apego à lei. Apesar de estar em um tribunal político eleitoral, há uma possibilidade de ele pedir vista. Isso é bom porque ajuda a gente a ir clareando os fatos”, afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha.

Araújo Filho será o segundo ministro a votar no julgamento de Bolsonaro no TSE. O ministro Benedito Gonçalves, relator da ação, será o primeiro, seguido por Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares e os membros do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Na entrevista, Bolsonaro voltou a afirmar que não atacou o sistema eleitoral em reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado. No encontro, o então presidente repetiu aos diplomatas sua tese nunca comprovada de que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraudes.

“Estão me acusando de uma reunião com embaixadores. Eu só fiz a reunião com os embaixadores, em julho do ano passado, depois que, dois meses antes, o ministro Fachin, que é do TSE também, fez uma reunião com os embaixadores e falou sobre o sistema eleitoral. Eu convidei os embaixadores a ir na minha casa, apesar de ser uma casa pública, uma obra pública, é a minha casa. Conversei sobre o sistema eleitoral. Não ataquei. Eu mostrei a verdade sobre o sistema eleitoral”, afirmou.

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