Ibama reclama que vem sendo atacado por bolsonaristas justamente pelas ações de fiscalização.
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Editor responsável: Gilberto Martins DRT-AM 0466
Autuações aconteceram no sul do Amazonas, onde esquema que fraudava origem de madeira ilegal chegam a 57 milhões em multas
Em entrevista à Folha, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que o instituto vem sendo atacado por bolsonaristas justamente pelas ações de fiscalização.
Segundo ele, a enorme reação ao caso da capivara Filó tem relação com isso. No último final de semana, a deputada estadual Joana Darc (União Brasil-AM) liderou uma invasão a uma sede do órgão em Manaus para pressionar pela liberação do animal, inclusive com ameaças e ataques a servidores do órgão.
Parlamentares bolsonaristas também foram às redes sociais criticar o Ibama por querer recolocar a capivara Filó na natureza, junto a uma família de outras capivaras —ela ficou famosa pois vivia com um youtuber, que postava sua rotina com o animal em uma fazenda.
“Estão atacando o Ibama porque temos muitas ações no Amazonas, de embargo de áreas desmatadas, apreensões de gado em terra indígena, em unidade de conservação. Esse caso acabou servindo para tentarem desqualificar o trabalho”, disse Agostinho.
As multas de quase R$ 57 milhões do Ibama foram contra planos de manejo na cidade de Lábrea, que fica a pouco mais de 700 km da capital Manaus e é uma das com maior índice de desmatamento no estado.
O plano de manejo sustentável funciona como um certificado para que fazendeiros, por exemplo, possam extrair madeira de suas propriedades a partir da comprovação de que a exploração não danificará o meio ambiente.
O esquema de fraudes é semelhante ao visto para esquentar o ouro ilegal. Madeira extraída de locais proibidos é registrada como se tivesse saído de planos de manejo aprovados pelo Ibama.
O fraudador, então, vende créditos virtuais de madeira —uma das formas de comercialização de madeira no mercado— como se tivessem saído da propriedade regular e não de áreas irregulares.
Por meio de imagens de satélite, no entanto, o órgão identificou que o terreno onde o plano de manejo havia sido aprovado estava pouco explorado.
“As fraudes foram confirmadas por técnicos da Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama que realizaram vistorias em planos de manejo e constataram que parte do volume de madeira informado no Sinaflor [sistema para registro do material extraído] não havia sido extraído naqueles locais”, afirmou o instituto.
A matéria completa da Folha de São Paulo pode ser acessada através do link abaixo: