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Exploração de petróleo na foz do rio Amazonas recebe atenção dos políticos da região em contraponto com a oposição de órgãos ambientais

Governador do Pará, Helder Barbalho defende a pesquisa em Seminário em São Paulo; Amapá fará audiência pública sobre o tema em Oiapoque a cidade mais impactada

Nesta segunda-feira (15), em participação no Seminário “Brasil Hoje”, em São Paulo, o governador Helder Barbalho defendeu critérios técnicos para pesquisa de viabilidade da exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, dentro da margem equatorial localizada na região de divisa entre os estados do Pará e Amapá.

Helder que discussões aprofundadas com bases técnicas amparadas por estudos técnicos que precisam avançar na região. O governador paraense ponderou que a oportunidade de exploração surge como um novo caminho de diversificação da economia, além de geração de oportunidades e empregos para a região.

“Eu defendo que o Ibama permita que a Petrobras possa pesquisar. E a partir daí, estabeleça os critérios ambientalmente corretos definindo com a metodologia e mecanismo que pode ser feito exploração com o menor impacto possível e, consequentemente, permitir que essa oportunidade possa existir”, ponderou.

O governador do Pará disse não admitir que a França explore petróleo nesta mesma bacia há 10 anos e o Brasil não se permita pesquisar a oportunidade para que uma empresa da dimensão da Petrobras possa fazer o mesmo, avaliou.

A Fronteira é considerada de grande potencial, próxima do Suriname e da Guiana, onde já foram descobertos mais de 11 bilhões barris de petróleo.

Por outro lado, o Amapá também entra na discussão e já na próxima sexta-feira (19), a Assembleia Legislativa do Amapá fará uma audiência em Oiapoque, cidade no extremo norte do país, para debater o tema.

Foram chamados os governadores Clécio Luís (Solidariedade-AP), Helder Barbalho (MDB-PA) e Carlos Brandão (PSB-MA), além de deputados, senadores, entidades que estudam o tema, empresários e representantes do Ibama.

O local foi escolhido por ser o mais próximo do ponto de exploração previsto. “Oiapoque pode se tornar o que Macaé (RJ) representa para o pré-sal”, diz o deputado estadual Delegado Inácio (PDT-AP), autor do requerimento, que foi aprovado por unanimidade na Casa.

Favorável ao projeto, o deputado Inácio diz que propôs a audiência para “democratizar o debate”, e afirma não ter dúvida sobre a sustentabilidade da exploração.

“Conhecemos a história da Petrobras, são 70 anos de exploração de petróleo sem nenhum desastre. Com o declínio previsto para o pré-sal em alguns anos, o efeito da não-exploração de uma nova fronteira de petróleo e gás tem de ser levado em conta”, diz o parlamentar.

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