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Corpo de mulher com sinais de estrangulamento é achado em área Yanomami

O corpo de uma mulher, identificada como Jenni Rangel, de 28 anos, foi encontrado apresentando marcas de violência, neste sábado (06), na Terra Yanomami. Com essa adição trágica, a região agora registra um total de 14 mortes violentas em apenas uma semana, sendo um indígena e 12 garimpeiros

Mulher é encontrada morta na Terra Yanomami; 14ª morte em uma semana -(Foto;Meio Norte-Terezina/Piaui)

De acordo com a Polícia Federal, vítima foi levada para o Instituto Médico-Legal (IML) e o laudo da causa do óbito deve ser divulgado nos próximos dias; identidade não foi confirmada

Uma mulher morta com sinais de estrangulamento e violência sexual foi encontrada neste sábado, 6, no Território Yanomami, em Roraima. Segundo a Polícia Federal, o corpo foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) e o laudo da causa da morte deve ser divulgado nesta semana. A identidade da vítima não foi confirmada.

Ela estava em uma vala, próximo ao local em que outros oito corpos de garimpeiros foram encontrados, na comunidade Uxiú. Com essa morte, o número de vítimas chega a 14 em apenas uma semana, em escalada de violência após tentativas do governo federal de expulsar da região os cerca de 20 mil garimpeiros ilegais e ocorre na esteira da crise humanitária que deixou ao menos 570 crianças mortas, vítimas de doenças levadas por esses mineradores ilegais, segundo as investigações.

No sábado, 29, o agente de saúde indígena Ilson Xirixana foi morto com um tiro na cabeça, e outros dois Yanomami ficaram feridos em estado grave. A suspeita sobre a autoria do ataque recaiu sobre os garimpeiros e equipes da Polícia Federal foram enviadas ao local do conflito para ouvir testemunhas e a fazer perícias.

No domingo, 30, quatro garimpeiros morreram durante operação de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ibama na região de Uiaiacás, na Terra Indígena Yanomami. A PRF disse que a equipe foi recebida a tiros. Foram apreendidos um fuzil e armas de uso restrito. O ataque é investigado pela PF. Um dos mortos era foragido da Justiça do Amapá.

Na segunda-feira, 1º, os corpos de oito pessoas, não indígenas, foram encontrados na reserva indígena. Investigadores acreditam serem garimpeiros, mortos em represália pelo atentado de sábado. Há informações de que os corpos tinham perfurações e marcas de flechas.

O corpo da mulher encontrada neste sábado, 6, estava próximo ao local em que esses oito corpos foram encontrados.

Em nota, a Polícia Federal destacou o confronto entre os garimpeiros e os Yanomamis. “Durante as diligências, a PF apurou indícios dos crimes cometidos contra os indígenas, ouviu testemunhas, realizou perícia de local de crime e aguarda a elaboração dos respectivos laudos e relatórios para prosseguimento das investigações”, diz o texto.

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