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Ministra Rosa Weber anuncia que o Brasil terá tradução da Constituição Federal para língua geral

Um dos coordenadores da tradução será o amazonense José Ribamar Bessa, professor de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

A presidente do STF,ministra Rosa Weber,esteve no Amazonas onde visitou a Aldeia Paraná, no Vale do Javari/AM(Reprodução Migalhas)

Na sessão plenária desta quarta-feira, (19/4) comemorado do Dia dos Povos Originários, a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, anunciou que o Brasil ganhará uma versão da Constituição Federal em Nheengatu, língua geral amazônica, originária do Tupi. O trabalho de tradução, iniciativa do STF, será realizado por tradutores indígenas, sob coordenação dos professores Marco Lucchesi, da Biblioteca Nacional, e José Ribamar Bessa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A ministra lembrou que mais de 256 etnias integram a diversidade cultural brasileira. “É uma das riquezas do Brasil, com suas tradições, línguas, saberes que merecem todo o nosso respeito e admiração”. 

O anúncio foi feito no momento em que o Supremo Tribunal Federal abriu, na quarta-feira (19), a exposição “Povos Indígenas”, que reúne fotografias de Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos brasileiros, e peças doadas por comunidades indígenas ao acervo do STF. A mostra, aberta ao público, foi instalada no Hall dos Bustos, no edifício-sede do STF.

A presidente do STF, ministra Rosa Weber, na terça-feira (18) visitou o espaço, acompanhada de Sebastião Salgado e dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Segundo ela, com a exposição, a Corte homenageia a riqueza e a diversidade sociocultural das comunidades indígenas. “Nesta mostra, reafirma-se o permanente compromisso desta Casa com a Constituição Federal de 1988, cujo texto consagra o dever de proteção e promoção dos direitos constitucionais dos povos indígenas”, afirmou.

A exposição conta com 11 painéis fotográficos de Sebastião Salgado, que retratam, em preto e branco, o cotidiano de povos originários. O acervo do STF empresta à mostra peças de cerâmica, cestarias e adornos, como cocares e colares, confeccionados por integrantes de comunidades indígenas.

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