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Forças policiais retiram 250 famílias indígenas de área no Tarumã, em Manaus

Os indígenas afirmam que o terreno pertence ao governo do Amazonas, tendo inclusive em determinada área do local um banner da Fundação Estadual do Índio (FEI)

Reintegração de posse na Comunidade Nusoken. — Foto: Leandro Guedes/Rede Amazônica/Montagem PZF

Forças policiais retiram 250 famílias indígenas de área no Tarumã, em Manaus

Os indígenas afirmam que o terreno pertence ao governo do Amazonas, tendo inclusive em determinada área do local um Banerj da Fundação Estadual do Índio (FEI).

Nesta quarta-feira,01/3, uma reintegração de posse retirou cerca de 250 famílias da comunidade indígena Nusoken, situada no bairro Tarumã, na zona leste de Manaus. Os indígenas afirmam que o terreno pertence ao governo do Amazonas, tendo inclusive em determinada área do local um banner da Fundação Estadual do Índio (FEI) que reconhece a comunidade. Entretanto, no muro do terreno tem um aviso dizendo que a propriedade é de um hospital da rede privada de Manaus. Segundo o cacique Ismael Mundurucus, um dos moradores da comunidade, os policiais chegaram agredindo os moradores da comunidade e não apresentaram nenhum mandado judicial.
Ação de desocupação contou com o aparato policial do governo do Amazonas e da Prefeitura de Manaus — cerca de 100 agentes de várias forças policiais do Amazonas como Rocam, a Tropa de choque da Polícia Militar, agentes da 20.ª Companhia Interativa Comunitária, Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas, Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
O defensor Público Tiago Nobre Rosas, representando o Ministério Público do Amazonas, esteve acompanhando a reintegração de posse e disse que vai marcar uma reunião no dia 7 de março no núcleo de moradia da Defensoria Pública do Estado do Amazonas.
O defensor diz que a ocupação é recente — ela iniciou no domingo passado, entretanto, já existe histórico em anos anteriores, interrompido com uma reintegração de posse em outubro do ano passado, mas os indígenas retornaram esse ano com o intuito ou a certeza de entender que à terra é do estado do Amazonas uma vez que os ocupantes informaram que já houve reunião com a FEI (Fundação Estadual do Índio) e com a Funai. Diante dessa dúvida e para pacificar esse conflito atual, o defensor Tiago Rosas propôs uma reunião de construção de consenso que é um método de gerenciamento de conflitos complexos reunindo os envolvidos para uma solução ser construída. Segundo defensor Público, os indígenas aceitaram sair do local e se comprometeram levar toda documentação necessária para reunião marcada no prédio da Defensoria Pública.

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