Vacina e ajuda humanitária para municípios afetados pela cheia
O governador do Amazonas, Wilson Lima, embarcou, na madrugada desta sexta-feira (26/02), para os municípios de Boca do Acre, Eirunepé e Guajará. Junto à comitiva do Governo do Estado, Wilson Lima viajou para viabilizar meios de prestar ajuda humanitária à população destas localidades, severamente atingidas pela enchente. Ele também levou novos lotes da vacina contra a Covid-19 para os três municípios.
“Estou embarcando com a minha equipe para essas regiões que estão sendo mais afetadas nesse momento, nas calhas dos rios Juruá e Purus, para que a gente possa fazer um diagnóstico da situação, reunir com os prefeitos, conversar com a população. Mas nós já iniciamos um processo de aquisição de cestas básicas, já conversamos com a Força Aérea Brasileira (FAB), para o transporte de estruturas para o tratamento de água potável”, ressaltou o governador.
Nesta remessa de vacinas contra a Covid-19, Eirunepé receberá 760 doses, sendo 180 do tipo CoronaVac, do Instituto Butantan; e 580 da AstraZeneca (Oxford). Para Boca do Acre foram destinadas 1.640 doses; e outras 530 para Guajará, sendo CoronaVac para os dois municípios.
“Estamos levando mais um carregamento de doses de vacinas contra a Covid-19, e a gente vai fazer todo o estudo de quais outras ajudas nós podemos levar para esses nossos irmãos que estão sendo muito atingidos nesse momento”, acrescentou Wilson Lima.
Entre os integrantes da comitiva estavam o secretário de Saúde, Marcellus Campêlo; a secretária de Assistência Social, Maricília Costa; o coronel Francisco Máximo Filho, da Defesa Civil, que também coordena o Comitê de Enfrentamento à Covid-19; e representantes de outros órgãos e secretarias estaduais.
“Além da questão da ajuda humanitária, também há outros suportes que o Governo do Estado pode dar, como a questão dos financiamentos, aquelas pessoas que tiveram acesso aos recursos da Afeam; e também a disponibilidade de outros créditos, a questão da saúde pública, entendendo se há necessidade ou não de transferência de pacientes, o envio de insumos, de medicamentos, a questão do setor primário. Nós estamos embarcando com uma estrutura para avaliar todas essas necessidades desses moradores e entender como o estado pode colocar toda a sua estrutura à disposição”, destacou o governador Wilson Lima.
Saúde – O titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Marcellus Campêlo, enfatiza que o repasse de recursos por meio do Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas (FTI) tem sido de grande importância, auxiliando as prefeituras a executarem melhorias na área da saúde.
“Nós vamos apoiar os municípios, os prefeitos e os secretários de saúde tanto na intensificação do apoio à vacinação contra a Covid-19, como também no reforço às ações que nós já fazemos durante todo o ano. Nós estamos com o repasse do FTI já passado aos municípios e temos recurso do Governo Federal que também será repassado”, afirmou Campêlo.
De acordo com ele, em 2021 já foram repassados, por meio do FTI, R$ 528.626,83 para Eirunepé; R$ 330.388,02 para Guajará; e R$ 528.626,63 para Boca do Acre.
Marcellus ressalta, ainda, que a assistência vai atuar em parceria com a vigilância, no combate à proliferação de outras doenças, nos municípios atingidos pela enchente.
“Fundamentalmente nós vamos trabalhar com a Fundação de Vigilância em Saúde e suas equipes, para trabalhar as consequências das enchentes, que trazem doenças de veiculação hídrica. Nós temos principalmente as doenças diarreicas e a proliferação de dengue, por exemplo, e também a questão da malária, que por conta desse período acaba intensificando muito. Tudo isso, somado à Covid-19, preocupa a área da saúde e é preciso que nós façamos essa ação integrada com os municípios”, avaliou o secretário de Saúde.
Enchente – As prefeituras de Boca do Acre e Eirunepé decretaram situação de emergência por inundação. Guajará está em situação de transbordamento, de acordo com dados da Defesa Civil do Amazonas.
O aumento do volume de chuvas, com o período sazonal, tem sido acompanhado diariamente pela Defesa Civil do Amazonas, através de monitoramento das nove calhas de rios que compõem o Estado (Alto Solimões, Triângulo – Juruá, Jutaí e Solimões -, Purus, Alto Juruá, Madeira, Alto Rio Negro, Rio Negro e Solimões, Médio Amazonas e Baixo Amazonas).
O trabalho é feito através do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), que atua com a coleta de informações junto aos órgãos oficiais, a exemplo da Agência Nacional de Águas (ANA), do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).