Empresas de TIC da Zona Franca de Manaus investiram R$ 1,58 bilhão em PD&I na Amazônia Ocidental e Amapá em 2024

Fotos: Suframa/Divulgação
As empresas de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) instaladas na Zona Franca de Manaus investiram um total de R$ 1,58 bilhão em atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) na Amazônia Ocidental e no Amapá durante o ano-base de 2024. Os dados preliminares foram apresentados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), com base nos Relatórios Demonstrativos (RDs) entregues pelas empresas no Sistema de Acompanhamento, Gestão e Análise Tecnológica (Sagat).
No total, 53 empresas do setor apresentaram os RDs registrando faturamento de R$ 46,35 bilhões em 2024. O número é 7% maior em relação ao ano anterior, quando o faturamento registrado foi de R$ 41,79 bilhões de 59 empresas. Entre 2020 e 2024, a obrigação de investimentos em PD&I acumulou alta de 36%, reforçando a tendência de expansão do setor.
As empresas cumpriram as exigências da chamada “Lei de Informática”, a Lei nº 8.387 de 1991, que determina a aplicação de pelo menos 5% do faturamento com a venda dos produtos no mercado interno em projetos de PD&I na Amazônia Ocidental e Amapá. A maioria delas integra o polo eletroeletrônico do Polo Industrial de Manaus (PIM), com destaque para a produção de smartphones, baterias, computadores, monitores de vídeo, teclados, modems, placas de circuito impresso e terminais de transações bancárias e comerciais.
No ano-base de 2024, o maior volume dos investimentos em PD&I dentre as modalidades permitidas concentrou-se nos dispêndios externos em projetos, majoritariamente por meio de Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), que somaram R$ 1,12 bilhão, representando 73,22% do total investido. Em seguida, os dispêndios internos em projetos responderam por R$ 175,76 milhões o equivalente a 11,47% dos investimentos. Outros aportes incluíram R$ 90,42 milhões aplicados em Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), correspondendo a 5,90%; R$ 80,77 milhões destinados aos Programas Prioritários do Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda), com 5,27%; e R$ 63,25 milhões depositados no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que representaram 4,13% do total.
No conjunto, as ações de PD&I resultaram na execução de 410 projetos voltados à pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação, capacitação e formação profissional. Entre os resultados técnicos estão 367 programas de computador com inovação científica ou tecnológica, 350 publicações científicas e tecnológicas em periódicos e eventos revisados por pares, e 185 protótipos desenvolvidos com inovação. Também foram registrados 130 novos processos e 37 produtos com inovação tecnológica, além de 25 patentes depositadas no Brasil e 7 no exterior. No campo da formação acadêmica, as iniciativas de PD&I contribuíram para a defesa de 22 teses e 18 dissertações, bem como para a capacitação e qualificação de 30.396 profissionais na região.
O superintendente-adjunto de Desenvolvimento e Inovação da Suframa, Waldenir Vieira, ressaltou que os resultados apresentados refletem o amadurecimento do ecossistema de PD&I e o fortalecimento das parcerias entre o setor produtivo, universidades e institutos de ciência e tecnologia. “Estamos avançando para um modelo que não apenas produz bens, mas também gera conhecimento, tecnologia e soluções com impacto real para a Amazônia e para o País”, destacou Vieira.

Para o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, os resultados reforçam o papel da Zona Franca de Manaus na produção de conhecimento e inovação na Amazônia Ocidental e Amapá. “Esses números demonstram que a Zona Franca não é apenas um polo industrial, mas também um importante centro de desenvolvimento tecnológico e formação de capital humano. A inovação é o caminho para fortalecer a competitividade da região e garantir o futuro da nossa região”, destacou Saraiva.