Amazonas

Câmara Municipal quer duodécimo, um repasse constitucional que teria sido retido pela prefeitura de Manaus

Caio André, presidente da Câmara entra na Justiça contra prefeito de Manaus por retenção de R$ 10,3 milhões que os governos devem fazer aos poderes e instituições. A Câmara afirma que esse montante deveria ter sido transferido pela Prefeitura

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) entrou com um mandado de segurança, na segunda-feira (25.nov.2024), contra o prefeito reeleito, David Almeida, e o secretário de Finanças, Clécio da Cunha Freire, por reterem R$ 10,3 milhões que pertencem à Câmara.

De acordo com a Procuradoria da CMM, o valor retido faz parte do duodécimo, um repasse constitucionalmente garantido que os governos devem fazer aos poderes e instituições. A Câmara afirma que esse montante deveria ter sido transferido pela Prefeitura.

O duodécimo é um repasse constitucional do Poder Executivo para o Poder Legislativo, que é obrigatório e tem como objetivo garantir a independência dos poderes. O valor do duodécimo é calculado com base na receita de arrecadação líquida prevista para o ano.

No pedido feito à Justiça, a Câmara pediu, inclusive, que a Prefeitura seja intimada a transferir o valor em até 24 horas, cumprindo a obrigação constitucional.

No documento, a procuradoria da CMM alerta que a retenção pode prejudicar o pagamento das despesas essenciais do Legislativo, especialmente com o ano fiscal prestes a encerrar.

A CMM também solicita a aplicação de multa caso a determinação judicial não seja cumprida, a fim de garantir a rápida execução da decisão.

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