Últimas Notícias

Brasil devia parar de fornecer carne à França, diz Omar Aziz sobre boicote ao Carrefour

Rede francesa anunciou que iria parar de vender carne de países do Mercosul

O senador Omar Aziz (PSD-AM) criticou nesta terça-feira (26) a rede de mercado francesa Carrefour por parar de vender carnes da América do Sul em suas unidades pelo mundo, e sugeriu que o Brasil pare de exportar o produto para a França.

“A partir de agora o Brasil não devia fornecer nem hoje, nem amanhã, nem depois de amanhã nem um quilo de carne mais para o Carrefour. Nós não precisamos do Carrefour para sobreviver no agro, eles é que precisam dos nossos produtos. Eles que tragam agora a carne deles lá da França e vendam no preço competitivo que nós temos”, disse o senador.

A fala foi feita durante sessão da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado nesta terça dia (26.nov.2024)

Na última quinta-feira (21), o presidente mundial da rede de mercados, Alexandre Bompard, anunciou que não iriam mais oferecer nos seus pontos de venda a carne produzida em países do Mercosul.

O rompimento vem após protestos de agricultores franceses contra o acordo comercial firmado durante o G20 entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. No anúncio do rompimento, em carta, o presidente afirmou “entender o desespero e a raiva dos agricultores diante do projeto de acordo de livre-comércio” e do “risco de inundar o mercado francês com uma produção de carne que não respeita suas exigências e normas.”

Em sua fala nesta terça, Omar Aziz disse ainda que se a França tiver a intenção de manter a decisão, terá que competir com os preços da carne brasileira.

“O comerciante não compra porque é mais caro e também não olha o rótulo para ver se é ambientalmente correto. E mesmo que tivesse, ele não iria comprar o produto mais caro, eles vão sempre comprar o que é mais barato e o produto brasileiro é mais barato e mais competitivo. Se eles não querem, outros países querem comprar nossa carne. O Brasil não vai quebrar se deixar de exportar carne para a França.”

Com informação da Folha de São Paulo

Receba mensagem no WhatsApp