Mesmo se licenciada hoje, exploração na Foz do Amazonas só teria início ano que vem, diz Petrobras
Segundo Sylvia Anjos, a sonda destinada à atividade precisaria passar por processo de limpeza do casco, o que demandaria cerca de dois meses, e o transporte para o poço demandaria mais 20 dias
Mesmo que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedesse hoje a licença ambiental para perfurar na Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá, a Petrobras só iniciaria a campanha exploratória no ano que vem, disse, nesta quinta-feira (24), Sylvia Anjos, diretora de exploração e produção da estatal.
Segundo ela, para a perfuração ser realizada, a sonda destinada para a atividade precisaria passar por um processo de limpeza do casco, o que demandaria cerca de dois meses. Além disso, o transporte para o poço demandaria mais 20 dias.
Anjos, que participou de aula aberta para alunos da Coppe/UFRJ, destacou que a empresa gastou “centenas de milhões de reais” entre a montagem de estruturas para cumprimento de exigências do Ibama e aluguel da sonda para perfuração, que tem custo estimado em US$ 600 mil por dia.
Ela contou que entre as exigências do órgão ambiental, estão a adequação do aeroporto de Oiapoque e a construção de centros de resgate de fauna, um em Belém e outro também no Oiapoque – este último como exigência recente após o Ibama considerar que o centro implantado na capital paraense está “distante” do local da perfuração.
A diretora de exploração e produção da Petrobras afirmou também que, caso o órgão não autorize a perfuração da Foz do Amazonas, a Petrobras buscará outras áreas no Brasil, como a Bacia de Pelotas – onde a companhia arrematou 29 blocos em leilão de petróleo no ano passado –, e vai buscar descobertas em outros países como alternativa. “Mas é muito duro ir para outros países tendo um potencial enorme aqui no Brasil”, afirmou.
A matéria é do Valor Econômico e está disponível pelo link abaixo