Política

Arthur Lira sobre superfaturamento do kit robótica em Alagoas, diz não ter responsabilidade nenhuma:‘Só respondo pelo meu CPF’

Presidente da Câmara concedeu entrevista ao programa Roda Viva na noite desta segunda-feira, 31

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse nesta segunda-feira, 31, que “sucessão não está aberta” na Casa Foto: Reprodução/YouTube/RodaViva

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se esquivou de vinculações com os casos dos kits de robótica e dos parentes empregados na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), dizendo que só pode responder pelo próprio CPF, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 31. Lira também criticou a Operação Lava Jato e ressaltou, em vários momentos, o protagonismo dele na sobrevivência das propostas do governo Lula no Legislativo.

“Sempre que o meu partido foi governo, entregou mais votos do que o próprio governo”, disse Lira sobre a influência do PP nas votações. Sob os louros da reforma tributária e de outras articulações encabeçadas por ele na Câmara, o deputado, que foi um aliado de primeira hora da gestão presidencial passada, disse que Lula aprovou mais projetos do interesse do governo na Câmara do que Jair Bolsonaro.

Em mais de uma ocasião, Lira falou da reeleição para presidência na Câmara como um movimento quase unânime – do “PL ao PT”.

Questionado sobre a indicação de R$ 32,9 milhões do orçamento secreto para compra de kits de robótica para escolas de municípios suspeitos de desvio dinheiro público, Arthur Lira disse que não é citado nas investigações. Uma das cidades do Estado natal dele, Alagoas, Canapi, tem 17 mil habitantes e recebeu R$ 5,8 milhões em emendas.

O deputado confirmou a sua amizade com o ex-assessor Luciano Cavalcante, principal alvo da investigação da Polícia Federal, mas afirmou reiteradamente: “só respondo pelo meu CPF”. Nos outros momentos em que o assunto voltou à tona durante a entrevista, Lira repetiu a afirmação de que “em 12 mil páginas de inquérito, não há menção ao meu nome”.

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